PF Prende 49 Pessoas em Operação para Capturar Mais de 200 Foragidos em 10 Estados e no DF
Ação mira condenados ou investigados por ataques no 8 de janeiro
A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira nova fase da Operação Lesa Pátria, com mandando expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 18 estados e no Distrito Federal. De acordo com informações da corporação, atualizadas no início da tarde de hoje, 49 pessoas foram presas em 10 estados e no Distrito Federal.
A operação, que está em sua 27ª fase, apura envolvidos na invasão do 8 de janeiro de 2023 aos prédios dos Três Poderes, em que indivíduos promoveram atos violentos e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições.
Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Ao todo, são 208 mandados de prisão preventiva. Alguns dos alvos da operação são procurados após terem quebrado tornozeleiras eletrônicas. Outros mandados têm como alvo pessoas que fugiram para outros países. Todos foram assinados pelo ministro Alexandre de Moraes, que é o relator das investigações que miram os atos golpistas.
No total, a Lesa Pátria já cumpriu centenas de mandados de prisão e apreendeu cerca de R$ 11,6 milhões em bens. No entando, “mais de duas centenas de réus, deliberadamente, descumpriram medidas cautelares judiciais ou ainda fugiram para outros países, com o objetivo de se furtarem da aplicação da lei penal”, afirma a corporação, em nota.
Na última fase, de número 26, realizada em 16 de abril, a PF cumpriu 18 mandados judiciais de busca e apreensão, expedidos pelo STF, em oito estados do país.
Veja os estados onde as pessoas foram presas:
- Distrito Federal – 7
- Paraná – 5
- Bahia – 1
- Mato Grosso – 4
- Minas Gerais – 7
- Goiás – 1
- Mato Grosso do Sul – 1
- São Paulo – 17
- Santa Catarina 3
- Espírito Santo – 1
- Pará – 1
Foragidos em países vizinhos
De acordo com o portal Uol, condenados ou investigados pelo envolvimento nos ataques de 2023 quebraram as tornozeleiras eletrônicas que usavam por determinação do STF, e fugiram do país. Ainda segundo o site, os fugitivos se encaminharam para a Argentina ou para o Uruguai. Após o caso ser divulgado, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou a inclusão dos fugitivos na difusão vermelha da Interpol.
Entre os condenados, ao menos seis poderiam estar na Argentina. É o caso do músico Ângelo Sotero, de 59, com pena de 15 anos e seis meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e associação criminosa em novembro pelo plenário do STF. Segundo apuração do UOL, o advogado dele, Hemerson Barbosa, Sotero fugiu em abril para a Argentina, após quebrar a tornozeleira que usava.
Também fugiram para a Argentina o corretor Gilberto Ackermann, de 50 anos, que foi condenado a 15 anos de prisão; Raquel de Souza Lopes, de 51 anos, que foi condenada a 16 anos e seis meses de prisão; o empresário Luiz Fernandes Venâncio, de 50 anos, que ainda não foi julgado; Rosana Maciel Gomes, de 50 anos, condenada a 14 anos de prisão; e o pedreiro Daniel Luciano Bressan, 37 anos.
Alethea Verusca Soares, de 49 anos, que foi condenada a 17 anos de prisão, teria fugido para o Uruguai, saindo de Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul. Depois, ela teria ido para a Argentina.
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