Comitiva da ALERJ vistoria condições de funcionamento do SISTEMA IMUNANA LARANJAL
Paralisação do sistema deixou aproximadamente dois milhões de pessoas sem água no começo de abril.
Comitiva da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), formada pelos deputados Luiz Paulo (PSD), Professor Josemar (PSol) e Rodrigo Amorim (PTB), sobrevoou nesta sexta-feira (12/04) a área onde está localizado o Sistema Imunana-Laranjal para avaliar as condições de funcionamento e formas de prevenir novas interrupções em decorrência da contaminação da água. Derramamento de tolueno (que é um tipo de solvente) interrompeu a operação do sistema de produção de água tratada, no último dia 03/04, afetando cerca de dois milhões de pessoas na Região Leste Fluminense.
Luiz Paulo, que pontuou durante a sessão plenária da Alerj na última quarta-feira (10/04) a preocupação da Casa quanto a esse incidente ambiental, frisou a necessidade de haver um plano emergencial para casos do tipo, pois o sistema produz, aproximadamente, 7 m³ de litros de água por segundo. “Vistoriamos toda aquela região e verificamos a gravidade do desastre ambiental com tolueno, que é um hidrocarboneto derivado do petróleo, em uma área bastante grande, fazendo fronteira com o Polo Gaslub. É necessário descontaminar todo o solo que está poluído e, mais ainda, ter um plano de contingência para que eventos como este não afetem o abastecimento de água”, afirmou.
Já o Professor Josemar destacou que os parlamentares vêm acompanhando o conjunto de ações que estão sendo feitas pelos órgãos responsáveis. O parlamentar ainda enfatizou o fato de milhões de pessoas terem ficado sem abastecimento de água por até três dias. “Os impactos sociais ainda existem porque parte da população de São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, Maricá e Paquetá ficou por dias sem água. Vamos observar e pensar em iniciativas e proposições. Este foi um dos maiores impactos ambientais no Rio de Janeiro nos últimos tempos”, disse.
Por sua vez, Rodrigo Amorim comentou sobre as hipóteses que estão sendo estudadas para a contaminação do Sistema Imunana-Laranjal. O deputado ainda explicou que a maior parte da concentração de tolueno estava próxima a dutos utilizados pela Petrobras. “Uma possibilidade é a destruição de uma barragem, durante as chuvas, que já foi refeita pelo Governo do Estado. Já a Petrobras levantou as seguintes teses: de que o tolueno vazou de fábricas de couro; que houve o derramamento irregular da substância; ou que alguma refinaria clandestina de drogas estivesse utilizando o solvente”, pontuou.
Também participaram da ação o secretário de estado de Meio Ambiente, Bernardo Rossi; o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), Miguel Alvarenga; e representantes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Cedae.
Entenda o caso
A Cedae precisou paralisar a operação do Sistema Imunana-Laranjal, no dia 03/04, em razão da alteração da qualidade da água bruta – ainda não tratada – no manancial de captação, devido à contaminação pela substância tolueno. O sistema abastece Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá (distritos de Inoã e Itaipuaçu) e a Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. Foi realizado trabalho de isolamento e sucção do composto químico. A operação do sistema foi retomada no dia 05/04 após exames laboratoriais atestarem o restabelecimento dos parâmetros de potabilidade adequados para consumo humano.
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