Proibição de Helicópteros de Turismo Próximos ao Cristo Redentor no Rio

Proibição de Helicópteros de Turismo Próximos ao Cristo Redentor no Rio

Nove empresas de táxi aéreo assinaram um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o MPF (Ministério Público Federal) para proibir sobrevoos de helicópteros de turismo perto de bairros residenciais e de monumentos no Rio de Janeiro, como o Cristo Redentor.

O acordo acontece após pressão de associações de moradores de bairros da zona sul, que reclamam do ruído causado pelos helicópteros que sobrevoam cartões-postais como o Pão de Açúcar, o Corcovado e o morro Dois Irmãos. O TAC entra em vigor em setembro.

Pelo acordo, helicópteros não poderão sobrevoar o Cristo Redentor nem a cabeça do Pão de Açúcar.

Os helicópteros deverão ainda manter distância mínima de 600 metros do Cristo a partir da altitude de 2.000 pés (609 metros acima do solo).

O Santuário do Cristo Redentor, localizado aos pés do monumento, diz ser a favor do fim dos sobrevoos próximos ao monumento.

“Parabenizamos o poder público pela iniciativa de proteção ao meio ambiente, ao patrimônio cultural e à população. Estamos comprometidos com o bem comum e desejosos por boas práticas para a construção exemplar do turismo sustentável no Rio de Janeiro”, disse padre Omar, reitor do Santuário Cristo Redentor.

Nove empresas realizam o serviço de passeio de helicóptero para turistas. Em uma delas, a viagem de uma hora para quatro pessoas custa R$ 5.960, e a viagem individual de 30 minutos custa R$ 790. Procuradas pela reportagem por telefonemas e mensagens de texto, nenhuma das nove empresas quis se manifestar.

Um abaixo-assinado online lançado em fevereiro reuniu 12.450 assinaturas pela proibição dos voos perto de áreas residenciais.

Os bairros mais afetados, segundo o Ministério Público Federal, são Joá, Jardim Botânico, Lagoa, Humaitá e Urca, na zona sul.

“A qualidade de vida dos moradores de diversos bairros é muito prejudicada pois, frequentemente, passam grande parte de seus dias sob considerável ruído de helicópteros de turismo”, afirma o manifesto das associações de moradores, que alegam ainda prejuízos à fauna e à flora e a desportistas, como escaladores e praticantes de voo livre.

O TAC também determina as rotas que as empresas poderão fazer. No trajeto que sobrevoa o litoral, entre Jacarepaguá e a praia do Arpoador, os helicópteros deverão manter altitude mínima de 1.200 pés (365 metros acima do solo).

O MPF determinou que as nove empresas de táxi aéreo criem, em até dois meses, uma associação que será responsável por regulamentar e fiscalizar as atividades. Os pilotos precisarão passar por treinamento em até seis meses.

O TAC terá vigência de um ano.

“Neste período de um ano, o MPF e os moradores dos bairros afetados poderão avaliar se houve uma redução da poluição sonora causada pelos helicópteros. Caso a melhora seja insuficiente, outras medidas poderão ser adotadas após esse prazo”, afirmou o procurador da República Sergio Gardenghi Suiama.

Fonte: msn.com