Rio lança projeto “AI City” e se consolida como polo global de inovação durante o Web Summit 2025
Durante a abertura do Web Summit 2025, nesta segunda-feira (28/4), o vice-prefeito do Rio, Eduardo Cavaliere, anunciou que o projeto “Rio AI City” está na fase de definição da área que irá abrigar um novo e moderno campus de inteligência artificial, na região do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. A iniciativa, apresentada pelo prefeito Eduardo Paes no domingo (27/4), prevê parcerias público-privadas para a instalação de data centers com capacidade inicial de 1,8 gigawatts até 2027, podendo chegar a 3 gigawatts até 2032, com fornecimento dedicado de energia limpa e água.
Sob coordenação da Invest.Rio, agência de promoção de investimentos da Prefeitura, o projeto já está em processo de negociação com investidores nacionais e internacionais. O objetivo é ambicioso: transformar o Rio no maior hub de data centers da América Latina e em um dos dez maiores do mundo, apostando em uma infraestrutura tecnológica sustentável e de alta performance.
— Estamos preparando a realocação de áreas no Parque Olímpico para viabilizar a instalação do campus, com a estrutura necessária para suportar o volume de energia e conectividade exigido — explicou o vice-prefeito Eduardo Cavaliere.
O “Rio AI City” deverá impulsionar o desenvolvimento de tecnologias baseadas em inteligência artificial e criar um ambiente propício para a chegada de supercomputadores de última geração, como o Santos Dumont, do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Com conexão de dados em tempo real e alta resiliência, o complexo também será interligado diretamente ao Porto Maravilha, fortalecendo a integração entre tecnologia, urbanismo e sustentabilidade na cidade.
Integração com o Porto Maravilha e urbanismo verde
Apesar de ter sede no Parque Olímpico, o “Rio AI City” terá conexão estratégica com o Porto Maravilha, área que concentra projetos inovadores como o IMPA Tech (instituição de referência em matemática aplicada) e o Porto Maravalley, já consolidado como hub de startups e empresas de tecnologia.
Entre os empreendimentos previstos no Porto, está o Mata Maravilha, que vai reunir natureza e inovação em mais de 200 mil metros quadrados. O espaço contará com nova marina, parques, hotéis, torres residenciais sustentáveis, centro de convenções, restaurantes e um shopping center, criando um ecossistema que integra moradia, lazer, negócios e inovação.
Web Summit projeta o Rio como capital da inovação na América Latina
O Web Summit tem se consolidado como uma vitrine internacional para o Rio. Segundo estudo da Prefeitura, por meio da Invest.Rio, da Riotur e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, o evento deve gerar um impacto de R$ 1,8 bilhão na economia da cidade até 2030. Só em 2025, a expectativa é de mais de R$ 170 milhões em movimentação econômica, especialmente nos setores de hospedagem e serviços.
O vice-prefeito Eduardo Cavaliere celebrou a permanência do evento no Rio pelos próximos cinco anos:
— Estamos muito satisfeitos com a renovação do Web Summit. O evento impulsiona a economia e também fortalece nosso ecossistema de inovação. O Rio quer ser reconhecido não só como sede de grandes eventos, mas também como referência em tecnologia, negócios e capacitação de talentos — afirmou.
A coletiva contou com a presença do CEO do Web Summit, Paddy Cosgrave, do presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florêncio de Queiroz Junior, e do presidente da Invest.Rio, Sidney Levy. A edição de 2025 segue até quarta-feira (30/04), no Riocentro, reunindo mais de 34 mil participantes por dia e 500 palestrantes em debates voltados à inovação, empreendedorismo e sustentabilidade.
— O Web Summit é uma grande oportunidade para conectar ideias, empresas e pessoas. O Rio está se consolidando como plataforma de negócios e polo tecnológico da América Latina — reforçou Sidney Levy.
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